MANAUS (AM) – Nos últimos dias, uma nova polêmica tomou conta das redes sociais após o ator amazonense Adanilo se referir à castanha, como castanha da Amazônia. A declaração ocorreu no sábado, 4, durante participação do ator no programa “É de Casa”, da Rede Globo.
Tradicionalmente conhecido como castanha-do-Pará, o fruto da castanheira é originário da floresta amazônica e tem sua produção distribuída em vários estados brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 2016, o Amazonas é o Estado que mais produz o fruto no Brasil.
Em 2023, o Estado consolidou a posição produzindo 11.291 toneladas. O Acre aparece na segunda posição com a produção de 9.473 toneladas do fruto; seguido pelo Estado do Pará que produziu 9.390 toneladas de castanha. Roraima ficou em quarto lugar, com 1.910 toneladas, e Rondônia produziu 1.003 toneladas. O Amapá, com 384 toneladas, completou a lista dos Estados que mais contribuíram para a produção de castanha na Região Norte. O Tocantins não apresentou dados sobre a produção do fruto.
O desempenho reafirma a relevância do Amazonas na cadeia produtiva do fruto, essencial para a economia regional e nacional. O Estado se destaca não apenas pela quantidade produzida, mas também pela diversidade de atores envolvidos no processo, incluindo cooperativas de pequenos agricultores e projetos de extrativismo conduzidos por comunidades indígenas.
O Pará, embora tradicionalmente associado ao fruto, perdeu o posto de líder nacional, o que reforça o argumento de que a castanha pertence à Amazônia como um todo, e não a um estado específico.
Repercussão
A declaração de Adanilo gerou um intenso debate nas redes sociais, com hashtags como #CastanhaDaAmazônia e #CastanhaDoPará entre os assuntos mais comentados. Enquanto alguns internautas aproveitam para brincar com a situação, outros usam o espaço para promover discussões mais profundas sobre identidade, cultura e representação.
"Essa não é apenas uma questão de nomenclatura, é uma questão de reconhecimento e respeito aos povos da floresta", disse um usuário no Twitter. Outros destacaram a necessidade de educação sobre a história e a importância econômica do fruto, sugerindo que a mudança do nome para "castanha-da-Amazônia" poderia ser um passo em direção à inclusão.
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