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Brasil destaca manejo do pirarucu como estratégia de conservação

Modelo implementado no Amazonas foi apresentado pela delegação brasileira como exemplo de iniciativa que une sustentabilidade econômica e conservação ambiental

11/11/2024 às 21h22
Por: Felipe Guimarães
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Divulgação
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MANAUS (AM) - Discutir metas globais para a conservação da biodiversidade e conhecer experiências bem sucedidas ao redor do mundo foram os principais objetivos da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP 16). O evento aconteceu entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro em Cali, na Colômbia, reunindo representantes de 200 países, incluindo o Brasil, que contou com a maior delegação da sua história. Entre as experiências apresentadas pelo Brasil na COP 16, está o manejo sustentável do pirarucu, iniciativa implementada no Amazonas há mais de duas décadas.

O sistema do manejo do pirarucu no Amazonas, a sua contribuição para a conservação da biodiversidade e para a melhoria da qualidade de vida dos moradores da região foi apresentado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“O evento buscou discutir as relações entre bioeconomia e conservação, abordando alternativas locais que demonstrassem na prática essa relação. Acredito que o principal ganho da minha fala foi apresentar um caso prático de sucesso de boas práticas de conservação que trazem benefícios para as pessoas, o que comunga muito bem com o lema da COP ‘Paz com a Natureza’”, avalia Cristina Buck, analista ambiental do Ibama que apresentou a iniciativa.

A explanação aconteceu durante a mesa "Fortalecendo o nexo entre Bioeconomia e Biodiversidade: contribuições da iniciativa do G20 sobre bioeconomia, Cúpula da Amazônia e boas práticas locais", que contou com a participação de integrantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

“Esperamos que a experiência do manejo do pirarucu possa cada vez mais ser reconhecida internacionalmente e nacionalmente como uma estratégia de conservação de base comunitária que gera inúmeros benefícios para a natureza e as pessoas”, finaliza Cristina.

Pirarucu nas telas

A história do manejo sustentável do pirarucu ocupou também as telas durante a COP 16. O documentário "Pirarucu, o respiro da Amazônia", dirigido por Carolina Fernandes e produzido pela Banksia Films, foi exibido durante uma mostra de vídeos realizada no Pavilhão do Brasil, que apresentou uma seleção de obras relacionadas ao tema da conservação ambiental.

O documentário revela como a união de povos indígenas, populações tradicionais, técnicos, pesquisadores, chefs de cozinha e instituições governamentais e não governamentais está fazendo a diferença na Amazônia. O filme está sendo exibido em diversos festivais internacionais e recentemente recebeu indicação ao importante prêmio Panda Awards, considerado o Oscar dos filmes de natureza.

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