BRASÍLIA - Brasília foi palco nesta quinta-feira, 7 de novembro, da final do Hackaton Pop 2024 – Combate à desinformação sobre mudança do clima: promovendo a integridade da informação. O evento ocorreu no anexo do Museu Nacional da República, na capital federal, e integrou as atividades da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), maior evento de popularização da ciência do país.
Ao longo de dois dias, as cinco equipes de estudantes de 8º e 9º ano do ensino fundamental e de ensino médio de instituições de ensino público de todo Brasil apresentaram propostas inovadoras no combate à desinformação climática, temática escolhida este ano. A vencedora foi a Eco Guardiões, representante da Região Norte, composta pelos estudantes Eduardo Batista, Ana Gabrielle, Beatriz Laranjeira e Patrielly Mayura, sob coordenação da professora Stephane Thalytha. O segundo lugar foi da equipe Oby Verde (Nordeste), seguida pelas equipes Protagonistas do Clima (Sudeste), Guardiões da Informação (Centro-Oeste) e EcoScan (Sul).
Verdade
A Eco Guardiões apresentou o jogo “A Missão de Supi”, palavra que, na língua indígena nheengatu, significa “verdade”. “A gente precisa ir em busca da verdade”, defendeu a amazonense Ana Gabrielle. “O que nos incentivou a resolver essa problemática da desinformação sobre mudanças no clima foi a devastação de grandes áreas de preservação dos biomas brasileiros, afetadas pelas queimadas. O aumento na divulgação de desinformação, pela facilidade do compartilhamento nas redes sociais, mascara a verdade das consequências dos incêndios”, disse a jovem.
O jogo
A Missão de Supi tem como cenário o mapa do Museu da Amazônia – Musa, que ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. “Devido às queimadas e às fumaças, a reserva tem diminuído muito ao decorrer do tempo. Isso é preocupante. E, por conta do desmatamento e das pessoas que tomam o território, tem diminuído rápido ao decorrer dos anos”, relatou Ana Gabrielle.
Eduardo Batista, também do time, conta que o principal objetivo do protótipo é trazer, em cada fase, questões sobre como funcionam as fake news para que, no fim, o jogador esteja informado, letrado digitalmente e saiba como identificar e não acreditar em notícia falsa. “Cada fase conta um aspecto de uma fake news, sendo a primeira a expressividade. Na última, juntamos cada uma das características para que o jogador possa ver mesmo como funciona uma notícia falsa”, explicou o estudante.
O personagem principal do jogo é Supi, um tucano que exerce papel importante na arborização da Amazônia. O inimigo dele é o mentiroso Dr. News, celular que usa das redes sociais para espalhar peças de desinformação sobre a questão climática. Para ajudar o tucano na busca pela informação confiável, o jogador deve acertar o máximo de questões acerca da veracidade das perguntas exibidas na tela — e denunciá-las quando for o caso.
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