Manaus (AM)- O reeleito pelo partido (AVANTE) David Reis, que já foi presidente da câmara municipal de Manaus anda pelos corredores da casa colhendo assinatura dos seus colegas para assumir novamente o posto que um dia foi seu de presidente da casa. O grande problema é que os vereadores que compõem a base da oposição já bateram o martelo,”todos, menos David Reis”.
Além dos vereadores de oposição, David Reis enfrenta resistência por parte de seus colegas de partido o AVANTE, como não é bem quisto pela imprensa, já que sua gestão foi marcada por uma falta de respeito aos jornalistas.
A gestão de David Reis durante sua passagem pela presidência da CMM, acumulou uma série de escândalos e embates com vários vereadores que não aceitavam a ditadura empregada por ele. Entre as polêmicas que envolveram o nome de Reis, em meio a sua gestão à frente da CMM e que causaram muita indignação popular, devido à forma como foi conduzida, está a construção de um prédio anexo à CMM, que custaria cerca de R$ 32 milhões aos cofres da Casa.
A construção só não foi adiante após o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) barrar o andamento da construção, após ação dos vereadores Amom Mandel (Cidadania) e Rodrigo Guedes (Republicanos) que discordavam do valor que seriam empenhados nesta obra.
Até então, Reis parece não ter superado ainda, a “queda do puxadinho”. Em sessão plenária realizada no último dia 20 de maio, o vereador voltou a comentar sobre o assunto, afirmando que o tempo vai dizer quem tinha razão em manter a obra. David ainda disse que tentaram confundir a sociedade manauara e que, na época, usaram de muita maldade com seu nome.
Veículos
Em setembro do ano passado, o aluguel de 41 picapes para os parlamentares, ao valor de R$ 8 mil mensal, também foi uma tratativa que levantou muita polêmica entre os manauaras, que não concordavam com essa aquisição. Porém, com a pressão popular à época, em torno desta aquisição, David Reis também cancelou o processo licitatório.
Superfaturamento
Além disso, possíveis superfaturamentos em contratos fechados pela CMM também deram o tom desta gestão conflituosa, o mais recente deles, foi a distribuição de “kits selfie” entregue aos parlamentares. Os kits eram compostos com máquinas fotográficas, microfones e acessórios de audiovisual. A compra, que repercutiu negativamente na mídia nacional, virou alvo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) com suspeitas de irregularidades no processo licitatório da compra dos kit-selfie, por alguns itens estarem supostamente com preços superfaturados.
Ademais, houve ainda a compra de café e açúcar, feita no ano passado, com a suspeita de sobrepreços. Na ocasião, a população considerou que o café servido na Casa Legislativa era o mais caro da cidade. Devido a repercussão, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu procedimento para investigar o contrato e, após quase um ano, o órgão desconsiderou às suspeitas na aquisição apenas de alguns itens da compra.
Contrato suspeito
No mês de maio deste ano, mais um contrato formalizado entre a CMM e a empresa J. C. S. Comercio e Serviços de Energia Solar Ltda., também entrou na mira do TCE-AM, sob suspeita de irregularidades. O contrato, no valor de mais de R$ 5,1 milhões, foi denunciado ao TCE, pôr a empresa não ter capacidade técnica para implementar o sistema de painéis solares, uma vez que a empresa tem um patrimônio de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), e “dificilmente terá lastro financeiro para obtenção da vultuosa quantidade de equipamentos” necessários para a instalação do sistema na CMM, apontava a denúncia.
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