MANAUS – Um dos mais combativos portais de notícias do Amazonas e um dos mais ativos do Norte do País, o Radar Amazônico, que há anos denuncia descasos da atual gestão municipal comandada pelo prefeito David Almeida (Avante), sairá do ar na madrugada desta quinta-feira, 24. A suspensão das operações ocorre após uma decisão do juiz Roberto Santos Taketomi da 32ª zona eleitoral, atendendo a uma ação judicial protocolada pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). A jornalista Any Margareth, CEO do portal desabafou nas redes sociais: “‘Algo que eu só vi na ditadura militar’.
Reconhecido nos meios políticos e sociais como uma ativa voz de oposição à gestão David Almeida, Any Margareth construiu em poucos anos uma identidade que combina jornalismo investigativo, denúncias e bom humor. O quadro “Rapidinha com a Anynha” é um dos mais acessados pelos internautas e as reportagens que denunciam erros do atual prefeito rendem “a partes” nos debates políticos parlamentares estaduais e municipais, em rodas de amigos e mesas de bar.
Desabafo
Assim que soube da decisão do magistrado Any Margareth, usou suas redes para fazer um desabafo. Margareth recordou do episódio em que o prefeito de Manaus ameaçou "banir" o portal durante uma coletiva em 2022, onde foi inquirido por ter uma suposta aproximação com uma facção criminosa. O imbróglio com o nome do prefeito surgiu por meio de uma investigação feita pela Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI).
"O prefeito de Manaus usa de todo o seu poder para tentar cumprir a ameaça que fez lá na campanha passada, para o Governo do Amazonas, quando disse que iria banir o Radar Amazônico. Há meses que acumulam-se processos contra o Radar Amazônico sem que em nenhum momento se mostre que fabricamos Fake News, que não fazemos jornalismo, ou que não provamos aquilo que publicamos. Ao contrário de outros, sites e blogs que estão na lista de pagamento da prefeitura de Manaus que criam fakes até mesmo sobre a vida íntima e privada de políticos seus familiares e até de jornalistas, e nunca foram punidos por nada", criticou.
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