Manaus (AM)- O Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira afirmou, nesta quarta-feira (16), que o retorno do horário de verão está descartado em 2024, porém será reconsiderado no próximo ano. A avaliação considerou custos da medida, benefícios e impactos em outros setores. Ainda segundo o ministro, a desistência de adoção foi motivada pela constatação de que há segurança energética para o verão deste ano.
“Se a nossa decisão fosse decretar agora, nós teríamos de fazer um planejamento mínimo para entrar só em meados de novembro. Então o custo-benefício seria muito pequeno”, comentou Silveira. Ele mencionou que, no entanto, chegou a notificar o setor aéreo para se preparar caso fosse necessário decretar retorno do horário de verão este ano.
O ONS havia recomendado a medida baseado nas indicações de que, no cenário atual, o horário de verão contribuiria para a maior eficiência do SIN (Sistema Interligado Nacional) em especial entre 18h e 20h quando a geração solar cessa e a demanda por energia aumenta.
Conforme o relatório do ONS, a aplicação do horário de verão poderia trazer uma redução de até 2,9% da demanda máxima, o que diminuiria a necessidade de geração termelétrica e traria uma economia no custo da operação próxima a R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro.
A medida gera controvérsia entre os setores da economia. Empresas de comércio, turismo e lazer têm maior ganho potencial, já que a luz natural ao fim do expediente eleva a expectativa de movimento em bares, restaurantes e atividades ao ar livre. Por outro lado, setores como transporte aéreo e indústria enfrentam desafios para se ajustar.
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