O pedido de afastamento do deputado Sinésio Campos (PT) da presidência do Diretório Estadual do Amazonas gerou descontentamento entre os filiados, após sua confissão sobre a origem de um montante apreendido pela Polícia Federal. Esse evento levantou questões sobre a transparência no uso do fundo eleitoral, provocando discussões intensas no partido.
Um documento interno revela a resposta da direção estadual a um questionamento do Diretório Municipal de Manaus, contestando a alegação de que mais de R$ 3 milhões teriam sido enviados pelo Diretório Nacional. O esclarecimento indica que os recursos são repassados diretamente pela Executiva Nacional, levantando dúvidas sobre a gestão financeira.
Thiago Medeiros, secretário de finanças do Diretório Estadual, informou que o valor recebido foi de R$ 1.873.732,05, em vez dos R$ 3,3 milhões mencionados. A primeira parcela foi de R$ 1.571.611,21, e a segunda totalizou R$ 302.120,84, depositados em quatro contas do Banco do Brasil.
A crise se intensificou em setembro, quando uma reunião da Executiva Estadual para discutir o fundo eleitoral foi interrompida por conflitos internos. Membros do partido atacaram a liderança, evidenciando a falta de coesão e a necessidade de um diálogo mais construtivo.
A divisão dos recursos do fundo eleitoral foi baseada em uma classificação dos candidatos pelos diretórios municipais. No entanto, a falta de clareza sobre os critérios de distribuição e a transparência no processo continuam sendo questões críticas que podem comprometer a unidade e a estratégia eleitoral do PT.
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