Manaus (AM)- A severa estiagem que atinge o Amazonas neste ano está causando grandes filas de carretas no Porto da Ceasa, localizado na Vila Buriti, na zona Leste de Manaus. O congestionamento se deve à baixa nos níveis dos rios, que impacta diretamente o transporte de cargas.
A rota habitual pela Hidrovia do Madeira, que liga Manaus a Porto Velho, está comprometida, uma vez que as balsas não estão conseguindo operar devido à seca extrema.
Como alternativa, muitos caminhoneiros estão optando por acessar a BR-319, que conecta Manaus a municípios da região metropolitana e a Porto Velho, em Rondônia.
No entanto, para chegar a essa rodovia, é necessário atravessar o Rio Negro, que também enfrenta níveis críticos de água, atualmente em 12,66 metros, superando a seca registrada em 2023.
Esse cenário resultou em filas intermináveis de caminhões à espera de embarque nas balsas, que possuem capacidade limitada para transportar veículos. Motoristas relatam estar na fila desde às 5h da manhã, na espera para conseguir fazer a travessia.
Carretas paradas na BR-319
No final de setembro, cerca de 100 carretas carregadas de produtos alimentícios ficaram paradas no trecho inicial da BR-319, no km 260 do Igapó Açú, por não conseguirem acessar as balsas.
“As carretas estão paradas lá. Agora que a empresa está criando outra rampa lá para melhorar a subida e a descida de carretas”, afirmou o presidente da Associação dos Amigos e Defensores daBR-319, André Marsílio.
A situação da estiagem no Amazonas afeta mais de meio milhão de pessoas, com aproximadamente 140.300 famílias enfrentando dificuldades devido à queda dos níveis das águas. Todos os municípios do estado estão sob situação de emergência, evidenciando a gravidade da crise hídrica que atinge a região. As autoridades locais seguem monitorando a situação, mas o impacto já é significativo tanto para o transporte de cargas quanto para a vida da população afetada.
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