O candidato a prefeito de Coari, Raione Cabral (Mobiliza), foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 2, após ser flagrado em um vídeo jogando dinheiro para seus apoiadores em uma praça do município. O ato, amplamente compartilhado nas redes sociais, levanta sérias questões sobre a legalidade de suas ações durante o período eleitoral. Segundo a legislação brasileira, distribuir dinheiro a eleitores é considerado crime eleitoral, configurando a prática de "compra de votos".
Imagens que circulam na internet mostram Raione em cima de uma estrutura, lançando cédulas de dinheiro na Praça Getúlio Vargas. O momento gerou alvoroço entre os presentes, que pulavam de alegria para tentar pegar qualquer quantia que caía. A cena, que poderia ser vista como uma tentativa de angariar apoio popular, rapidamente se transformou em uma investigação criminal.
Na mesma data, vídeos do momento em que Raione é levado por policiais federais também ganharam notoriedade nas redes sociais. Em um gesto de desdém, o candidato chegou a acenar para seus apoiadores enquanto era conduzido à viatura, o que gerou indignação e debate sobre sua conduta durante a campanha.
Conforme estabelece o artigo 299 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965), “dar, oferecer, prometer ou entregar, para obter ou dar voto, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem” é um crime. As penas para os condenados podem variar de quatro a doze anos de reclusão, além de multa, reforçando a gravidade da situação enfrentada por Raione.
Além da possibilidade de pena de prisão, a prática de compra de votos pode resultar na cassação do registro de candidatura ou do diploma do candidato eleito, dependendo da gravidade do caso. A situação ressalta a importância de candidatos e eleitores atuarem de forma ética e responsável, a fim de preservar a integridade do processo eleitoral em Coari e em todo o Brasil.
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