Na manhã desta quinta-feira, 25, o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) fez duras críticas ao Ministério Público do Amazonas (MPAM) durante pronunciamento na Assembleia Legislativa. Barreto cobrou a abertura de investigações sobre denúncias que envolvem familiares do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), classificando a inação do órgão como “uma vergonha”. Ele expressou sua desconfiança em relação à atual gestão, citando um histórico de escândalos de enriquecimento ilícito.
“Nos últimos tempos, a gestão municipal da Prefeitura de Manaus está envolvida em escândalos de enriquecimento ilícito familiar na cara dura”, disparou Barreto. O deputado destacou que, apesar da notoriedade das denúncias, ainda não houve nenhuma ação concreta do MPAM, o que gerou descontentamento entre os parlamentares e a população. Ele apontou a falta de abertura de inquérito como um sinal preocupante da ineficácia do órgão.
Wilker também trouxe à tona o caso específico envolvendo a empresária Izabele Fontenele, esposa do prefeito, que teria recebido pagamentos de empresas privadas com contratos com a Prefeitura. Segundo ele, isso representa um “consentimento tácito” por parte das autoridades ministeriais diante das evidências. “Temos denúncias com materialidade e documentação, mas não vemos movimento do MP”, afirmou o deputado.
O parlamentar fez um comparativo entre sua própria experiência e a situação atual. Ele recordou que, quando foi presidente da Câmara Municipal de Manaus em 2020, foi alvo de 25 procedimentos de investigação devido a uma denúncia anônima, enquanto as alegações contra a gestão de Almeida não têm recebido a mesma atenção. “Não houve manchete de jornal, apenas um documento sem assinatura ao MP, e agora temos documentação e CPI em aberto, mas nada acontece”, enfatizou.
Em suas declarações, Wilker Barreto deixou claro que não aceitará a omissão do MPAM. Ele reiterou sua cobrança por providências imediatas e um posicionamento mais firme do órgão em relação às denúncias que envolvem a gestão de David Almeida, afirmando que a situação atual é inaceitável e exige uma resposta adequada da justiça.
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