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Seca aumenta preços e afeta consumo, interior é o que mais sofre no AM

Fenômenos climáticos e danos causados pelo homem afetam a logística e produção, elevando o preço dos produtos

25/09/2024 às 12h00 Atualizada em 25/09/2024 às 12h00
Por: Elizeu Lopes
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(Foto: João Dejacy )
(Foto: João Dejacy )

Manaus (AM)- Muito além da fumaça que prejudica a saúde dos moradores de grandes cidades como Manaus, e da estiagem que afeta principalmente como os ribeirinhos se transportam, se alimentam e tiram seu sustento, a estiagem e as queimadas afetam o preço de diversos produtos como combustíveis, alimentação e outros produtos. Em cidades no interior do Amazonas, a gasolina já é vendida a quase R$ 9, e produtos regionais como a farinha dobraram de preço.

Em Envira, produtores rurais enfrentam dificuldades desde julho. Na região do rio Jurupari, há vários produtores de produtos como banana e farinha.

A situação fez com que o prefeito do município, Ruan Mattos, tomasse a decisão de transformar a sede do município para receber ribeirinhos, para o executivo municipal prestar atenção humanitária com mais facilidade. “Foi uma medida necessária e estamos nos comunicando há meses”, completou o gestor.

Nessa segunda-feira (23), o governo do Amazonas informou que 492.962 são atingidas diretamente com a seca. Todos os 62 municípios do estado já decretaram emergência.

Preços elevados

O Amazonas tem uma das gasolinas mais caras do país. Alguns moradores de cidades do interior já encontram o litro de gasolina acima dos R$ 6,89, valor encontrado em Manaus em diversos postos. Em Canutama, já é possível encontrar o litro da gasolina acima de R$ 8. Em Coari, o preço da gasolina também já está próximo dos valores praticados em Canutama.

Em julho, empresas de transporte também passaram a cobrar antecipadamente a seca severa, valores maiores pelos serviços, no que foi nomeado como “taxa da seca”. A situação fez com que o governador do Amazonas Wilson Lima (União Brasil) acionasse judicialmente o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE).

Para o economista Altamir Cardeiro, todos estão sendo impactados pelos efeitos da estiagem.

“Sabemos que os rios são nossas estradas no Amazonas. Com isso acontecendo toda a cadeia econômica é afetada. Foi assim ano passado e está sendo agora”, explicou.

Desabastecimento

O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA) destaca que os empresários também estão preocupados com um possível desabastecimento. Ele destaca que já vem informando empresários de Manaus sobre essa possibilidade.

“Agora, vai ter falta de produto, sim. Vai ter aumento de preço, com certeza. Não porque o comércio aumenta, mas porque, nesse período, o frete fica mais caro, que no caso é o marítimo. É muito comum os consumidores imaginarem que o comércio está aumentando o preço. Não é que ele está aumentando, o valor para esse produto chegar em Manaus fica mais caro por conta da navegação, que tem um custo,” explicou Pinheiro.

Carretas paradas na BR-319

Cerca de 100 carretas carregadas de produtos alimentícios seguem paradas no trecho inicial da BR-319, no km 260 do Igapó Açú, por não conseguirem acessar as balsas devido ao ritmo intenso da descida do rio. As cargas estão paradas desde quarta-feira (18).

A situação pode afetar o abastecimento na capital e no interior do Amazonas.

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