Na sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM) desta terça-feira (24), o presidente da Casa, Caio André (União Brasil), reafirmou o cumprimento do regimento interno na formação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) destinadas a investigar a administração do prefeito David Almeida (Avante). A controvérsia aumentou após a Justiça do Amazonas determinar a suspensão das comissões, em resposta a um recurso do vereador Eduardo Assis (Avante), que alega irregularidades na instauração.
Caio André defendeu a legitimidade da CPI, destacando que a escolha dos membros ocorreu em uma reunião pública, registrada e acompanhada pela imprensa e funcionários da Casa. Segundo ele, o processo seguiu as normas do Colegiado dos Líderes, que envolveu representantes da base do prefeito, invalidando as alegações de irregularidade.
O presidente da CMM levantou questões sobre a resistência da base do prefeito em permitir as investigações. “Qual é o medo da base do prefeito em investigar indícios de irregularidades?” questionou, referindo-se a supostas anomalias financeiras na Secretaria de Comunicação e o envolvimento de empresas ligadas a familiares do prefeito em contratos com a Prefeitura.
André enfatizou a necessidade de esclarecimentos e afirmou que a responsabilidade de fiscalizar a gestão pública é uma função inerente ao vereador. Ele criticou a postura do prefeito, que, segundo ele, deveria ser o primeiro a buscar transparência nas questões levantadas.
Por fim, o presidente da CMM anunciou a intenção de apresentar um recurso judicial para reverter a suspensão das CPIs, reafirmando que a investigação de recursos públicos é essencial para a saúde da administração municipal. A tensão entre a Câmara e a prefeitura se intensifica, enquanto a população aguarda esclarecimentos sobre os processos investigativos em andamento.
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