Caso Djidja: inicia audiência de instrução sobre esquema de tráfico de drogas

Manaus (AM)- A primeira audiência de instrução e julgamento dos envolvidos no esquema de tráfico de drogas e na morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, iniciou nesta quarta-feira (04). Dez acusados começaram a ser ouvidos sobre as denúncias de captação, distribuição e uso de ketamina.

Djidja Cardoso morreu no dia 28 de maio deste ano. O caso revelou uma série de crimes relacionados a uma seita liderada por familiares e amigos próximos à família Cardoso.

Entre os interrogados estão Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Eles foram presos dois dias após a morte da jovem.

Segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Cleusimar e Ademar lideravam um grupo religioso, chamado “Pai, Mãe, Vida”, marcado por rituais que incluíam o uso de drogas e abusos sexuais. A seita era composta por familiares e funcionários dos salões de beleza da família, que eram incentivados a participar das atividades ilícitas.

A audiência de instrução e julgamento é um momento crucial aonde as partes apresentarão provas e argumentos. Conforme o advogado Mozarth Bessa, que representa cinco dos acusados, a audiência ocorre por meio do sistema de videoconferência ‘Google Meet’.

A expectativa é que novas datas sejam necessárias para a conclusão da fase processual, devido ao número de testemunhas e réus envolvidos. Serão ouvidas, inicialmente, as testemunhas de acusação, seguidas pelas de defesa e, por fim, os acusados.

Acusados e crimes

Cleusimar Cardoso Rodrigues e Ademar Farias Cardoso Neto foram denunciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O mesmo se aplica a José Máximo Silva de Oliveira, dono de uma clínica veterinária, e ao sócio Sávio Soares Pereira. Hatus Moraes Silveira, coach que era personal da família, também foi denunciado por esses crimes.

Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro, e Claudiele Santos Silva, maquiadora, ambos da rede de salões de beleza da família de Djidja, foram denunciados por tráfico de drogas, além da gerente, Verônica da Costa Seixas. Emicley Araújo Freitas, funcionário da clínica veterinária de José Máximo, enfrenta a mesma acusação.

Bruno Roberto da Silva Lima, ex-namorado de Djidja, foi denunciado por tráfico de drogas.