MANAUS - A Amazônia concentrou 42% dos focos de calor entre o domingo, 01 e a segunda 02 de setembro. Ao todo foram 150 mil focos de calor registrados ao longo do ano de acordo com Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os números colocam o pais na rota da crise climática e acionam a luz vermelha quando o assunto é o futuro ambiental.
Apesar de concentrar os maiores focos de calor, não está na Amazônia o município mais atingido. Corumbá, no Mato Grosso do Sul, pertencente ao bioma do Pantanal, é a cidade mais atingida pelo fogo no Brasil neste início de mês, com 4.245 focos registrados pelo Inpe.
Ofensiva
Pressionado pelos dados negativos, o Governo Federal via Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas recrutou um pequeno exercito de brigadistas. De acordo com o Ibama e o ICMbio, 1.468 combatentes do fogo atuam na Amazônia e 391 no Pantanal mato-grossense. Além deles, a Força Nacional foi acionada bem como a Polícia Federal e as Forças Armadas.
Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), em 2024 uma área gigantesca de mais 5,5 milhões de hectares foi consumida pelo fogo na região amazônica. Já o Pantanal tem um passivo de 2,5 milhões de hectares destruídos pelas chamas. Os dados vão até o último domingo e tendem a ser maiores porque a estiagem no Norte do país atinge números alarmantes e o período das chuvas na região ainda levará meses para retornar.
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