Polícia Civil investiga rede de pedofilia comandada por padre em Coari

Manaus (AM)- A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, investiga uma rede de pedofilia comandada pelo padre Paulo Araúno da Silva, de 31 anos. As apurações apontam que o padre Paulo registrava os crimes em vídeos e ameaçava as vítimas para que continuassem a se encontrar com ele.

Na última semana, uma mulher trans identificada como Lorena Marques, 24, foi presa, na Comunidade Izidoro, zona Rural do município. Segundo a Polícia Civil, ela é suspeita de atrair adolescentes para manter relações sexuais com o religioso, que filmava e armazenava os atos.

Conforme o delegado José Barradas, titular da DIP de Coari, Lorena trabalhava na paróquia onde o padre realizava missas e aliciava adolescentes para encontros sexuais.  “Todas as vítimas eram frequentadoras da paróquia onde o Padre Paulo realizava as missas. A transexual Lorena trabalhava naquela igreja e assim atraía as meninas ali mesmo para terem encontros com o padre”, explicou Barradas.

Padre Paulo registrava os crimes em vídeos e ameaçava as vítimas para que continuassem a se encontrar com ele. Uma das adolescentes foi engravidada e forçada a abortar, com o medicamento fornecido por Francisco Rayner Barros Batista, 34, amigo do padre, que também foi preso.

Segundo o delegado, além de Lorena, a rede de pedofilia conta com a participação de outras pessoas que já estão na mira da polícia. Entretanto, mais detalhes sobre as identidades e grau de envolvimento nos crimes ainda não podem ser revelados para não atrapalhar as investigações.

Prisões e Operação

Até o momento, três pessoas foram presas na operação: o padre Paulo Araújo, Lorena Marques, e Francisco Rayner.

“A gente instaurou a 2ª fase da investigação que envolve o padre. Essa continuidade se deu por conta de denúncias das vítimas de Lorena. Essa investigação vai continuar para verificar outros casos de aborto e relações sexuais com adolescentes. Mais de 200 vídeos foram verificados com o padre mantinha relações com menores de idade”, relatou o delegado Barradas.