A recente disputa eleitoral em Parintins ganhou novos contornos após a candidata a prefeita Brena Dianná (União Brasil) acionar a Justiça Eleitoral contra o atual prefeito Frank Bi Garcia (PSD) por injúria. O União Brasil, partido de Dianná, classificou o episódio como um caso de violência política de gênero, condenando os ataques dirigidos à candidata.
Em nota oficial, o União Brasil afirmou que Brena Dianná tem sido alvo de “comentários misóginos” por parte do prefeito Bi Garcia. A sigla descreveu os ataques como “covardes”, destacando que tais declarações visam “reduzir a condição da mulher por meio de humilhações e constrangimentos públicos”. O partido enfatizou a necessidade de combater a violência de gênero em todas as suas formas, especialmente em contextos eleitorais. (Veja a nota no final da matéria)
O discurso controverso de Bi Garcia ocorreu durante uma convenção partidária do candidato a prefeito Mateus Assayag (PSD), que é apoiado pelo atual prefeito. Durante o evento, Bi Garcia fez uma comparação entre Brena Dianná e o ex-prefeito Carbrás, criticando a gestão de Assayag e referindo-se ao desemprego e à crise econômica em Parintins. Em seu discurso, Bi Garcia mencionou: “Porque estão leiloando a Prefeitura de Parintins e Manaus, e nós já vimos esse filme. [...] quando eu andava de casa em casa, de cada casa que eu encontrava, era gente desempregada, era gente querendo vender sua casa para ir embora de Parintins.”
A defesa da coligação de Brena Dianná argumenta que a fala de Bi Garcia associa a candidata a uma figura pública com alta rejeição, fazendo uma comparação pejorativa e humilhante. A defesa também alegou que o discurso do prefeito criou uma “alcunha injuriosa”, referindo-se a Dianná como “Carbrás de saia”, o que considera uma forma de ataque injustificável.
O caso evidencia as tensões e desafios enfrentados por mulheres em campanhas eleitorais, com o União Brasil ressaltando a importância de tratar a violência política de gênero com seriedade. A ação judicial busca não apenas reparar os danos causados à candidata, mas também enviar uma mensagem clara contra a misoginia e a desqualificação das mulheres na política.
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