Manaus (AM)- A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), prendeu na noite dessa quarta-feira (28), Camila Barroso da Silva, de 33 anos, sob acusação de envolvimento na morte de Geovana Costa Martins, de 20 anos. Geovana, que era babá do filho de Camila, foi encontrada morta no dia 20 de agosto, em uma área de mata do bairro Tarumã.
A delegada Marília Campello, adjunta da DEHS, revelou que Geovana havia se mudado para a casa de Camila para trabalhar como babá, mas foi submetida a exploração sexual. Segundo as investigações, a casa onde Camila residia era conhecida por ser uma "casa de massagem".
"Ela foi obrigada a fazer programas sexuais e estava em cárcere privado. Camila mantinha Geovana sob ameaças e era constantemente cobrada por Camila, afirmando que a Geovana devia ela e teria que fazer os programas para pagar essas dívidas", afirmou a delegada.
Ainda conforme as investigações, além de Geovana, outras jovens também eram aliciadas por Camila, mas apenas a babá morava com a patroa.
"A Geovana não podia ter contato com outras pessoas além de familiares, mas era ameaçada caso contasse sobre o que estava sendo obrigada a fazer".
Histórico criminal
Camila já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e tinha familiares na França, o que levou a polícia a suspeitar que Geovana seria enviada para a Europa para prostituição.
"Camila tinha um histórico criminal e uma passagem pela polícia por tráfico de drogas. É possível que Geovana fosse usada como 'mula'", explicou Barreiros.
Segundo a delegada, Camila diz ser ex-mulher do traficante Kaio Wellington Cardoso dos Santos, conhecido como 'Mano Kaio, e constantemente publicava vídeos com armas de fogo, proferindo ameaças e diversas pessoas.
"Qualquer coisa ela dizia que ia chamar o pessoal do tráfico pra quebrar pernas, torturar e fazer acontecer. Então aquelas fotos que a família descobriu, nós vamos investigar se foi ela quem tirou, o que teria causado um desentendimento entre elas pra que a Geovana fosse torturada. Vamos esclarecer tudo e por isso a nossa pressa em prender essa mulher, pelo eminente risco de fuga", detalhou a delegada.
Outro suspeito
O suspeito Eduardo Gomes da Silva, que estava com o veículo usado para deixar o corpo de Geovana em uma área de mata, está sendo procurado pela polícia. "Eduardo é filho do proprietário da casa alugada por Camila. Ele e Camila têm um histórico de envolvimento com o crime", disse a delegada. Os dois possuem mandados de prisão em aberto.
Camila negou que tenha matado a babá, acusando um ex-namorado de Geovana, mas a delegada afirmou não haver evidências suficientes para incriminá-lo. "Temos indícios suficientes para manter Camila presa. Ela nega o crime, mas as provas indicam sua participação", ressaltou Barreiros.
A delegada também informou que, na noite da morte de Geovana, Camila havia enviado mensagens à proprietária da casa, indicando que queria se mudar. "Camila já planejava a fuga antes mesmo do corpo ser encontrado. Acreditamos que ela chamou Eduardo para esconder o corpo", concluiu a delegada.
Camila está sendo acusada de exploração sexual e homicídio. A polícia continua investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos.
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