Manaus (AM)- Os restos mortais do cantor Claudinho, que formava dupla com Buchecha, desapareceram do seu túmulo no Cemitério Memorial do Carmo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A morte do cantor ocorreu em 2002, após um acidente de carro. Ele foi sepultado em jazigo particular cedido pela gravadora do artista.
A descoberta do sumiço foi feita pela viúva do cantor, Vanessa Alves, com a ajuda de uma criadora de conteúdo que visita túmulos de famosos.
Conforme o jornalista Alessandro Lo-Bianco, Vanessa entrou com uma ação judicial após verificar, por meio da administração do cemitério, que os restos mortais de Claudinho foram exumados sem o consentimento da família.
Vanessa recebeu a informação de que a exumação foi realizada após tentativas de contato com a família por telegrama. Segundo a administração do local, os restos mortais foram transferidos para um "nicho especial" compartilhado com outros seis ou sete corpos.
"Fiquei muito triste ao saber que fizeram a exumação e colocaram ele em um espaço comum. Por ser um jazigo perpétuo, eles não deveriam ter aberto", disse Vanessa Alves.
Venda clandestina
Ainda segundo o colunista, o jazigo particular de Claudinho teria sido vendido clandestinamente para outra família. A ação judicial está tramitando na 1ª Vara Cível da Ilha do Governador e está sendo classificada como "extremamente grave", indicando uma possível "máfia dos cemitérios".
O caso revela não apenas uma violação do direito à memória e ao luto, mas também expõe falhas graves no gerenciamento dos espaços cemiteriais, consta no processo.
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