O senador Omar Aziz denunciou um suposto esquema de venda ilegal de terras do estado do Amazonas e da União, destinadas à captação de créditos de carbono, em detrimento dos interesses da população local. Em uma entrevista a uma rádio local, Aziz afirmou que grandes empresários estariam adquirindo milhões de hectares com a conivência de cartórios locais, explorando indevidamente recursos que deveriam beneficiar os povos tradicionais e originários da Amazônia. Segundo ele, essas práticas fraudulentas estão disseminadas, caracterizando um cenário de "picaretagem" onde cartórios são cúmplices em transferências fraudulentas de propriedade.
O senador criticou a operação Greenwashing como apenas a ponta do iceberg, chamando-a de "um pingo de água nesse oceano de bandidagem". Ele demandou uma ação enérgica da Polícia Federal, sugerindo que todos os cartórios do Amazonas sejam investigados para coibir essas práticas. Aziz relatou ter feito uma denúncia ao corregedor do Conselho Nacional de Justiça e destacou que alguns cartórios estão envolvidos em atividades irregulares há muito tempo, descrevendo tais ações como "bandalheira".
Além disso, Aziz afirmou que há um lobby de empresários que se apropriam de vastas áreas na região amazônica, lucrando significativamente com os créditos de carbono sem contribuir para o desenvolvimento local. Ele enfatizou a disparidade entre os lucros obtidos e os benefícios recebidos pelas comunidades caboclas e indígenas que historicamente preservam a Amazônia, vivendo em condições precárias.
O senador criticou ainda a falta de distribuição equitativa dos benefícios gerados pelos créditos de carbono, sugerindo que se os lucros fossem reinvestidos nas comunidades locais que protegem a Amazônia, ele não teria razões para denunciar. No entanto, ele destacou que a realidade é bem diferente, com empresários acumulando lucros consideráveis enquanto negligenciam investimentos nas terras adquiridas.
Em última instância, o senador não revelou o nome específico do cartório envolvido, mas afirmou ter levado suas preocupações aos corregedores responsáveis pela fiscalização da atividade cartorial, buscando uma resposta imediata e efetiva para as irregularidades apontadas.
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