O secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, disse que governos, líderes empresariais e os bancos de desenvolvimento têm dois anos para tomar medidas para evitar alterações climáticas no planeta. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (10), em discurso de alerta sobre o aquecimento global.
O chefe da ONU revelou ainda que os próximos dois anos são "essenciais para salvar nosso planeta" e que há uma chance de fazer com que se diminua as emissões de gases de efeito estufa.
"Ainda temos uma chance de fazer com que as emissões de gases do efeito estufa caiam, com uma nova geração de planos climáticos nacionais. Mas precisamos desses planos mais fortes, agora", pontuou.
Vale destacar que cientistas afirmam que a redução pela metade das emissões de gases do efeito estufa até 2030 é fundamental para impedir um aumento de mais de 1,5ºC nas temperaturas globais em relação aos níveis pré-industriais, o que desencadearia um clima mais extremo.
Esses aumento de temperaturas no mundo é uma realidade, tendo em vista que no ano passado, as emissões mundiais de CO2 relacionadas à energia aumentaram para um nível recorde.
Stiell disse que gostaria de ver as futuras reuniões da COP reduzidas em tamanho, ao mesmo tempo em que priorizassem resultados fortes. Ele disse que estava conversando sobre o evento com o Azerbaijão e o Brasil, anfitrião das próximas duas cúpulas climáticas da ONU.
Essa ideia de ter as reuniões mais reduzidas se deu, após quase 84 mil pessoas terem participado da COP28 do ano passado em Dubai, atraindo críticas de ativistas depois que mais de 2 mil lobistas do setor dos combustíveis fósseis se registraram para participar do evento.
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