MANAUS — No dia 28 de março de 2014, Manaus testemunhava um acidente de trânsito ocorrido na avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul, entre uma caçamba, que prestava serviço para a Prefeitura, e um micro-ônibus do transporte Executivo, que operava a linha 825, vitimando 16 pessoas e deixando feridas outras 17. A maior tragédia do trânsito da história da capital amazonense comoveu e abalou os manauaras naquela noite de sexta-feira e nos dias seguintes.
O acidente aconteceu por volta das 19h30. A caçamba, em alta velocidade, perdeu o controle, invadiu a pista contrária e bateu violentamente contra o micro-ônibus. Entre os mortos, estavam os motoristas do caminhão e do Executivo, uma criança de um ano e seis meses, além de uma da mulher que estava grávida de oito meses e não resistiu junto com o bebê. O laudo da perícia concluiu que o condutor da caçamba dirigia sob efeito de bebida alcoólica e entorpecentes.
E o que mudou de lá para cá? Apesar da tímida atuação dos órgãos fiscalizadores do trânsito na capital, a imprudência impera as ruas a cada dia de passa. Apesar das blitzes, campanhas de conscientização e outras ações, nesses dez anos, muitas vidas foram ceifadas por conta da irresponsabilidade de condutores e pedestres, que ignoram as leis e as sinalizações.
O acidente mais grave registrado recentemente na capital ocorreu no início deste mês, quando uma picape desgovernada da Prefeitura de Autazes, município da Região Metropolitana de Manaus, invadiu um bar, localizado no bairro Cidade Nova, Zona Norte, e matou uma funcionária e deixou um homem gravemente feriado. O motorista estava sob efeito de bebida alcoólica, segundo a Polícia Militar.
De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), 42 mortes no trânsito foram registradas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. O número representa uma redução de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas ainda é um dado preocupante.
Diariamente, inúmeros acidentes de trânsito são registrados pela cidade. Quase todos eles pela imprudência dos condutores. São sinalizações ignoradas, retornos proibidos, inclusive, em cima de canteiros centrais, velocidades acima do permitido, dentre outras irresponsabilidades. Um fato triste e inegável é que o trânsito nas ruas de Manaus é, verdadeiramente, perigoso e letal.
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