A reunião decisiva entre o governador Wilson Lima (União Brasil), o senador Omar Aziz (PSD-AM) e os ministros Renan Filho (Transporte) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) em Brasília aponta para novas soluções contra a severa seca que assola o Amazonas. Com o intuito de combater os efeitos catastróficos do desastre natural, as autoridades delinearam planos emergenciais, centrando esforços na melhoria da infraestrutura e assistência à população afetada.
Aziz, sublinhou a calamidade enfrentada pelos residentes locais. O Rio Madeira e o Alto Solimões estão em níveis alarmantes de seca, afetando o tráfego de embarcações e, por consequência, o abastecimento de recursos vitais para a Zona Franca de Manaus.
Nesta reunião, que ocorreu na terça-feira (26), as autoridades firmaram um compromisso tangível, simbolizado pela assinatura de uma ordem de serviço para dragagem entre Benjamin Constant e Tabatinga. A ação, com conclusão estimada em 45 dias, promete amenizar os impactos da seca no Rio Negro após um mês de sua finalização.
O senador foi enfático ao salientar a necessidade premente de revitalizar a rodovia BR-319, um corredor vital, mas atualmente intransitável, para garantir a conectividade e o abastecimento contínuo de recursos. O senador lançou um apelo emocionado para uma discussão mais aprofundada e séria sobre essa rodovia, apelando à empatia e à urgência de atender às necessidades básicas da população afligida.
"No Rio Madeira, por exemplo, a seca está impossibilitando a passagem de embarcações. O Alto Solimões está totalmente seco, comprometendo o abastecimento de componentes essenciais para a Zona Franca de Manaus. É fundamental que a estrada seja asfaltada, para evitar que o Estado fique isolado e sofra com a escassez de bens essenciais", disse.
O Governo Federal, reconhecendo a urgência da situação, mobilizou uma operação conjunta entre os ministérios para estender a mão amiga às áreas em crise. Além disso, Aziz anunciou investimentos adicionais significativos, incluindo R$ 41 milhões para a costa do Tabocal e R$ 100 milhões para Itacoatiara, otimizando assim as rotas de escoamento de grãos.
O diálogo, no entanto, também foi marcado por controvérsias. O senador dirigiu críticas contundentes à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acusando-a de contribuir para o isolamento do Amazonas. Segundo Aziz, a ministra se mostra obstinada em suas proibições, desconsiderando as necessidades urgentes e específicas da região.
“Eu a condeno por fazer com que o meu Estado fique isolado. Ela não tem propostas ambientais para o Brasil. Só sabe dizer 'não pode' e 'não deve'. Eu estou acusando a Marina Silva de ser a responsável pelo isolamento do meu Estado, do povo do Amazonas", disse.
Enquanto o Amazonas enfrenta essa adversidade, a união, os recursos e as ações emergenciais não são apenas desejáveis, mas essenciais para garantir que a região não apenas sobreviva, mas prospere diante dos desafios apresentados pela natureza e pela política.
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