Após o caso do sistema hackeado e o desaparecimento de documentos, servidores da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (ADAF), que funciona na estrutura da Secretaria de Produção Rural (Sepror), entraram em contato com o Laranjeiras News para relatar casos de assédio moral, ameaças e a falta de segurança no prédio da agência.
Segundo uma ex-funcionária, que preferiu não se identificar por questões de segurança própria e medo de ameaças, contou ao Laranjeiras que os funcionários acabam sendo coagidos a agir de acordo com as corrupções impostas por superiores da agência.
“Eles chamavam em uma salinha e diziam ou você está com a ADAF, ou você está fora. Ou seja, ou você jogava o jogo sujo ou era mandado embora”, relatou.
Ainda contou que as pessoas não denunciam por medo de ameaças de morte.
A falta de segurança no local também é um grande problema. Relatos informam que há câmeras de segurança apenas nas salas da diretoria e coordenação, o restante dos funcionários fica à mercê do crime, já que qualquer pessoa consegue entrar na agência sem passar por equipes de segurança.
“A segurança é PÉSSIMA, teve furto de veículos na frente da ADAF e ninguém viu, assaltos constantes, bandidos que passam de moto e levam tudo. É muito ruim sobre a segurança, não só na ADAF Manaus, no interior também”, informou a ex-funcionária.
Com exclusividade, o Laranjeiras recebeu um Boletim de Ocorrência de um médico veterinário, que atua como fiscal na ADAF.
O rapaz teria sido vítima de ameaças após identificar carne impropria para consumo em um frigorífico de Iranduba, o Abatedouro e Frigorifico N R COMERCIO DE FRIOS. O autor do crime seria Francis Bustamante.
Em relato, a vítima teria ido ao local fazer a vistoria e ao identificar a carne fora dos padrões de consumo, Francis Bustamente teria falado, em tom de ameaça, que iria “contratar uns amigos, fazer umas ligações e que a situação não ficaria assim”.
Esse foi um de muitos casos. De acordo com a fonte, os fiscais do interior do estado são os que mais sofrem.
“O pessoal do interior sofre em dobro ou é ameaçado pelo fazendeiro local ou é reprimido pela central da ADAF Manaus. E pior, muitos fazendeiros contam com facções criminosas pra continuar com seus matadouros ilegais entre outras coisas”, relatou a fonte a reportagem.
A reportagem entrou em contato com o diretor da ADAF, Augusto Omena, para mais esclarecimentos sobre a situação, mas até o momento da postagem dessa matéria não obtivemos resposta. O espaço está aberto para a resposta da Agência.
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