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Caprichoso e Garantido celebram a ancestralidade e a cultura popular

Bumbás apostam em rituais, lendas e memória popular para emocionar o público na segunda noite do festival

29/06/2025 às 14h50 Atualizada em 29/06/2025 às 14h50
Por: Elizeu Lopes
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Foto: Reprodução / Internet
Foto: Reprodução / Internet

Parintins (AM) – A noite de sábado (28) no Bumbódromo foi palco de uma verdadeira imersão nas raízes culturais da Amazônia e do Brasil durante a segunda noite do Festival de Parintins 2025. Os bois Caprichoso e Garantido apresentaram espetáculos grandiosos, que exploraram desde a força das tradições indígenas e afro-brasileiras até o papel crucial do folclore e da memória popular na identidade amazônica.

Caprichoso Exalta a “Kizomba” e a Tradição

Abrindo a noite, o Boi Caprichoso cativou o público com o tema “Kizomba: Retomada pela Tradição”. O espetáculo foi uma vibrante celebração da cultura negra, das lendas da floresta e dos rituais indígenas. A apresentação começou com uma homenagem emocionante aos Marandoeiros e Marandoeiras, contadores de histórias que são pilares da oralidade amazônica, representados pela Figura Típica Regional.

Um dos momentos mais marcantes foi a encenação da lenda de Sacaca Merandolino, o curandeiro lendário que se tornou o guardião das águas do rio Arapiuns. O ritual indígena do boi azul e branco, intitulado "Musudi Munduruku – A Retomada dos Espíritos", foi uma poderosa celebração espiritual do povo Munduruku, com uma alegoria imponente assinada por Kennedy Prata e a performance envolvente do pajé Erick Beltrão. A toada “Sensibilidade”, interpretada pelo levantador Patrick Araújo, incendiou a torcida azulada e foi um dos pontos altos da noite.

Garantido Reforça o “Boi do Povo” com “Patrimônio do Povo”

Na sequência, o Boi Garantido tomou a arena com o projeto “Boi do Povo, Boi do Povão” e o tema “Garantido, Patrimônio do Povo”. A apresentação reforçou suas profundas raízes nas matrizes indígenas, afro-brasileiras e populares. A entrada da galera encarnada foi um show de vibração e paixão, contagiando todo o Bumbódromo. O Ritual Indígena “Ajié”, conduzido pelo pajé Adriano Paquetá, foi um dos grandes destaques da performance.

"O segundo dia é crucial para reforçar a mensagem que queremos passar. Este ano estamos com um grande projeto, tanto nas alegorias quanto nas coreografias", afirmou Paquetá, destacando a importância estratégica da noite para o Garantido. A emoção era palpável entre os torcedores, como André Ricardo, de 43 anos, que há duas décadas acompanha o boi vermelho e branco. "Ser Garantido é isso: estar no meio do povo e dar o máximo por ele", disse Ricardo, exemplificando a devoção de quem vive o festival.

A disputa pelo título de campeão entre os bois-bumbás promete ser acirrada. O Festival de Parintins 2025 chega à sua última e decisiva noite neste domingo (29) no Bumbódromo, quando o grande vencedor será anunciado.

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