O ex-vereador de Manaus, Chico Preto (PL), postou um vídeo em suas aredes sociais nesta quinta-feira (12) para criticar duramente o modelo atual de atuação parlamentar centrado na destinação de emendas. Em vídeo publicado em seu perfil, Chico afirmou que essa prática tem esvaziado a política e distorcido o verdadeiro papel de deputados e vereadores. Segundo ele, a atividade parlamentar passou a se resumir à liberação de recursos, o que compromete o debate de ideias e o trabalho legislativo.
“Emenda parlamentar acabou com a política. Antes, deputado não tinha isso. Agora, o sujeito acha que está fazendo política porque promete R$ 50 mil, R$ 500 mil, R$ 1 milhão. Esse dinheiro não é dele, é do cidadão”, disparou. Para o ex-vereador, essa lógica transforma o parlamentar em um "despachante de verba", criando uma relação de clientelismo com a população e esvaziando o debate democrático.
Chico Preto ressaltou que não é contrário à existência das emendas parlamentares, mas sim à forma como elas têm sido utilizadas como principal — e por vezes única — ferramenta de ação política. Ele alertou que, ao depender exclusivamente de repasses financeiros, muitos parlamentares deixam de cumprir suas funções constitucionais de legislar, fiscalizar e propor soluções concretas para os desafios sociais.
“A emenda parlamentar subjugou a política”, disse Chico, enfatizando que a liberação de recursos não substitui o papel essencial de elaborar leis e discutir o futuro das cidades e do país. Segundo ele, há problemas estruturais que não se resolvem com dinheiro, mas sim com propostas, diálogo e planejamento. A crítica do ex-parlamentar reacende o debate sobre o uso de emendas e sua influência no sistema político brasileiro.
A declaração teve grande repercussão entre seus seguidores e nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto alguns internautas concordaram com o posicionamento e elogiaram a coragem de Chico Preto, outros defenderam a importância das emendas como forma de levar investimentos a comunidades carentes. Ainda assim, o vídeo reacende a discussão sobre o equilíbrio entre ação parlamentar e responsabilidade política.
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