Cheia atinge mais de 370 mil pessoas no Amazonas

O Governo do Amazonas divulgou neste domingo (08/06) um novo boletim com dados atualizados sobre a cheia que atinge o estado. Até o momento, mais de 92 mil famílias foram afetadas, totalizando cerca de 371 mil pessoas diretamente impactadas. Todas as nove calhas de rios seguem em processo de elevação dos níveis, com picos previstos entre março e julho. A situação é considerada crítica em várias regiões, levando o governo a intensificar as ações de assistência.

De acordo com a Defesa Civil, 36 dos 62 municípios amazonenses estão oficialmente em Situação de Emergência, enquanto outros 22 estão em Alerta, um em Atenção e apenas três permanecem em estado de normalidade. A resposta do Governo do Estado já inclui o envio de 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água, 57 mil copos de água potável e kits do programa Água Boa, beneficiando cidades como Manicoré, Humaitá e Boca do Acre.

Na área da saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) enviou uma balsa adaptada como hospital ao município de Anamã, um dos mais atingidos pela cheia. Além disso, o Barco Hospital São João XXIII iniciou uma missão de atendimento fluvial, e mais de 70 kits de medicamentos foram enviados a comunidades isoladas. A cidade de Manicoré também recebeu uma nova usina de oxigênio para o hospital local, aumentando significativamente sua capacidade de produção.

Para garantir segurança no abastecimento de oxigênio, o município de Apuí recebeu seis cilindros de reserva e reforço de insumos hospitalares. Essas ações fazem parte da "Operação Cheia 2025", iniciada em abril, quando o governador Wilson Lima anunciou a mobilização de ajuda humanitária com foco inicial nas cidades da calha do rio Madeira, as primeiras a decretar emergência.

O monitoramento dos rios e da situação climática é feito continuamente pelo Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Estado. O órgão atua durante todo o ano acompanhando os níveis dos rios e emitindo alertas para que as prefeituras e a população possam se preparar com antecedência. Com a intensificação das chuvas e o avanço da cheia, o governo mantém equipes mobilizadas para atender às demandas emergenciais e minimizar os impactos sobre as comunidades mais vulneráveis.