MANAUS – Um anúncio de greve foi oficializado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), no ultimo sábado, 7. O objetivo, segundo o presidente da categoria, Givancir Oliveira, é atingir 100% da frota, paralisando o transporte público coletivo em toda Manaus nesta segunda-feira, 9. A razão para a paralisação programada pelo sindicato reside, segundo a direção da entidade, na quebra de acordo entre trabalhadores e empresários, realizado há meses atrás. O acordo era relativo à manutenção de empregos dos cobradores de coletivo. De acordo com Givancir, a prefeitura de Manaus, na gestão David Almeida (Avante) entregou recentemente novos veículos dotados de catracas eletrônicas, que dispensam o uso de cobradores.
A medida que utiliza tecnologia foi entendida pelo sindicato da categoria, como o sinal para que empresários começassem uma série de demissões já que o dispositivo eletrônico dispensa uso de mão de obra humana. As informações são do Radar Amazônico. Diante do cenário quase inevitável, o sindicato fechou acordo de que as demissões estariam no patamar de 15%. Com a chegada dos novos veículos, empresários do setor aumentaram o percentual para 35%, o que equivale à demissão de 600 profissionais do setor. O número provocou desespero entre os profissionais já que muitos dependem unicamente do emprego nos coletivos para sobreviver.
Em entrevista, Givancir Oliveira aumentou o tom e declarou “guerra” aos empresários. “Na segunda-feira, possivelmente, entraremos em greve 100% em toda Manaus, tudo por conta dos empresários não cumprirem o acordo em vigor, de 15% de redução dos cobradores nas linhas deficitárias, onde a renda em dinheiro é quase R$0. Eles querem aumentar essa redução para 35%, demitindo 600 cobradores já nos próximos dias. Vamos parar Manaus, e vai ter guerra!”, adiantou o líder e presidente da categoria. Até o fechamento da matéria, nem prefeitura ou o Sindicato das Empresas de Transporte de Manaus haviam se pronunciado diante da decisão dos trabalhadores dos transportes coletivos.
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