O vereador e médico Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa, preso por suspeita de estupro de vulnerável, escravidão sexual e armazenamento de imagens de abuso e exploração sexual infantil, foi afastado do Partido Liberal (PL). A ação da polícia incluiu mandados de busca e apreensão em sua residência e nos consultórios onde atuava, na último sábado (31). Durante a operação, foram encontrados materiais considerados fortes indícios dos crimes, incluindo conteúdos que teriam sido produzidos e divulgados pelo próprio vereador.
Segundo a investigação, Thiago mantinha um "relacionamento" com uma adolescente, a quem submetia a práticas de escravidão sexual. A polícia afirma que ele usava sua profissão de médico para se aproximar de vítimas em situação de vulnerabilidade. O caso se agrava ainda mais com a revelação de que o suspeito teria envolvido uma criança de apenas dois anos nos abusos, conforme relatado pelo delegado Flávio Leonardo Santana, responsável pelo caso.
Diante da gravidade das acusações, o PL anunciou o afastamento temporário do vereador. Em nota, o presidente estadual do partido, Ananias Filho, afirmou que “o PL Mulher repudia veementemente as alegações e crimes atribuídos ao vereador, motivo esse que causou a suspensão da sua filiação”. O afastamento deve permanecer enquanto tramitam as investigações.
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) também se posicionou e informou que instaurou uma sindicância para apurar a conduta ética de Thiago Bitencourt como médico. Caso as irregularidades sejam comprovadas, ele poderá ser punido com suspensão ou cassação do registro profissional.
A Câmara Municipal de Canarana seguiu o mesmo caminho e decidiu afastá-lo de suas funções legislativas. O caso causou forte repercussão no município e gerou indignação em diversas entidades civis e profissionais. As investigações continuam sob sigilo judicial, e a polícia não descarta o envolvimento de outras vítimas ou participantes.
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