Conta de luz ficará mais cara no Amazonas com nova bandeira vermelha em junho

Os consumidores de energia elétrica no Amazonas sentirão no bolso um aumento na conta de luz neste mês de junho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária passará a ser vermelha patamar 1, o que implica uma cobrança adicional de R$ 4,46 para cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. A medida reflete a estiagem registrada em várias regiões do país e a consequente redução na geração de energia por hidrelétricas.

O anúncio, feito no último dia 25 de maio, destaca que será necessário acionar usinas termoelétricas — que possuem custos mais altos de produção — para manter o fornecimento de energia. A alteração na bandeira tarifária ocorre após o mês de maio operar sob a bandeira amarela, com uma tarifa extra menor. Segundo a Aneel, o novo cenário climático reforça o alerta sobre a importância do uso racional da energia elétrica.

A decisão foi baseada em projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que apontam para a continuidade da queda no volume de chuvas e nas afluências dos rios responsáveis pela geração hidroelétrica. “A bandeira vermelha reflete o custo real da geração e tem o papel educativo de indicar o momento de consumo consciente”, destacou a Aneel em nota.

Para o servidor público Charley Marcondes, que mantém uma casa com quatro aparelhos de ar-condicionado, a notícia já traz preocupação com os impactos no orçamento doméstico. “Eu fiquei sabendo da cobrança pelos jornais e nesse momento já visualizava medidas que eu poderia aplicar em casa para ter uma economia mínima ao menos. A gente não tem muito o que fazer, a não ser pagar a conta, não importa se justa ou não”, disse.

Com a mudança na bandeira, consumidores residenciais e comerciais devem redobrar a atenção ao uso de aparelhos elétricos, especialmente em um período em que o calor e o consumo tendem a aumentar. A Aneel reforça que simples atitudes — como desligar luzes desnecessárias, evitar o uso prolongado de eletrodomésticos e regular o uso do ar-condicionado — podem ajudar a conter os gastos e minimizar o impacto da tarifa extra.