Rio Negro se aproxima do pico da cheia em Manaus, mas sem risco de novo recorde

Manaus (AM)- A cheia do Rio Negro em Manaus deve atingir seu ponto máximo dentro de duas semanas. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que divulgou o 3º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025, não há expectativa de que o nível das águas ultrapasse o recorde histórico de 30,02 metros, registrado em 2021.

A previsão é que o nível do rio permaneça abaixo da cota de inundação severa, fixada em 29 metros. A estimativa para a cota máxima em Manaus é de 28,84 metros. Neste sábado (31/05), a medição registrou 28,57 metros.

Segundo o SGB, há 35% de chance de o Rio Negro alcançar a marca de inundação severa, mas sem ultrapassar 29,16 metros. Já a probabilidade de atingir o recorde histórico é inferior a 1%.

Outros municípios

Além da capital amazonense, o monitoramento hidrológico do SGB abrange os municípios de Manacapuru, Itacoatiara e Parintins.

Em Manacapuru, a situação exige mais atenção. O Rio Solimões pode chegar a 19,67 metros, com variação entre 19,41 m e 19,94 m. Há 65% de chance de o nível atingir a cota de inundação severa, fixada em 19,60 metros. No entanto, a probabilidade de superar o recorde histórico de 20,86 metros é inferior a 1%.

Em Itacoatiara, banhada pelo Rio Amazonas, a previsão é de que o nível atinja 14,45 metros, com variação entre 14,36 m e 14,59 m. A cota de inundação severa, de 14,20 metros, já foi ultrapassada, mas a chance de bater o recorde de 15,20 metros, registrado em 2021, continua abaixo de 1%.

Já em Parintins, a expectativa é de que o Rio Amazonas atinja 8,58 metros, dentro de um intervalo entre 8,53 m e 8,67 m. A probabilidade de ocorrer uma inundação severa que exige um nível de 9,30 metros é inferior a 1%, assim como a chance de superar o recorde de 9,47 metros.

Monitoramento

O monitoramento faz parte do Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, desenvolvido pelo SGB desde 1989. O objetivo é acompanhar o comportamento das cheias e vazantes na região, contribuindo para que autoridades e a população possam se preparar para possíveis impactos.

O sistema atua em parceria com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responsáveis pelas previsões climáticas. Paralelamente, as defesas civis estadual e municipais elaboram estratégias preventivas.