Manaus (AM)- Nesta quarta-feira (07), a investigação feita Policia Federal sobre o episódio que ficou conhecido como o Massacre do Rio Abacaxis, no Amazonas, foi concluída resultando em 13 policiais militares indiciados por oito homicídios e diversas violações aos direitos humanos contra indígenas e ribeirinhos, segundo informou a coluna do Fábio Serapião (Metrópoles).
Relembre o caso
Em agosto de 2020, nos arredores do rio Abacaxis, nos municípios de Borba e Nova Olinda do Norte, no interior do estado, o massacre aconteceu. Segundo a Polícia Militar, na época havia sido deflagrada uma operação pela Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar no Amazonas chamada de “Lei e Ordem” na região, e foi aí que tudo aconteceu. Durante a operação, policiais teriam cometido inúmeros abusos, como ameaça, tortura, violação de domicílio e homicídio, além de terem desaparecido com dois corpos.
A investigação que durou quatro anos, conseguiu identificar os coordenadores e executores dos oito homicídios cometidos contra indígenas e ribeirinhos, duas autoridades exerciam a função de comandar as “graves violações de direitos humanos”, dificultando que agentes públicos de outras instituições acompanhassem o caso, com o objetivo de que os 11 executores não fossem investigados ou punidos, informou a PF.
Ao menos cem famílias de onze comunidades relataram ter sofrido tortura para revelar o paradeiro dos assassinos dos policiais na época.
A região do Rio Abacaxis, continua sendo monitorada para impedir quaisquer riscos aos habitantes do local em conjunto com outras agências e instituições públicas.
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