O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) determinou, com prioridade máxima, que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus se manifeste sobre a continuidade da paralisação dos ônibus na capital amazonense. A decisão foi assinada na noite desta terça-feira (15) pelo desembargador David Alves de Mello Júnior, e concede ao sindicato um prazo de 24 horas — que se encerra por volta das 21h desta quarta-feira (16) — para apresentar esclarecimentos formais.
A paralisação parcial do transporte público em Manaus já chega ao segundo dia, com cerca de 30% da frota de ônibus fora de circulação. Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 12% e a manutenção dos cobradores em linhas operadas por determinadas empresas. O movimento tem gerado transtornos à população, principalmente nos horários de pico, enquanto negociações entre as partes seguem sem avanço concreto.
No despacho, o desembargador autoriza medidas rigorosas para garantir a intimação do sindicato, incluindo o uso de força policial, arrombamento de portas e cumprimento da ordem em qualquer horário e local, inclusive por meios eletrônicos. “Se necessário, requisitar força policial [...] incluindo, mas não se limitando, à utilização de chaveiro, arrombamento de portas”, destaca a decisão, que demonstra a seriedade com que a Justiça do Trabalho trata o caso.
A determinação visa acelerar a resolução do impasse e reduzir os prejuízos causados à população manauara. Embora a legalidade da paralisação ainda esteja sob análise, o tribunal enfatiza a necessidade de diálogo e cumprimento das ordens judiciais enquanto o processo segue em andamento.
Até o momento, o sindicato não se pronunciou oficialmente sobre a determinação. A expectativa é que uma resposta seja apresentada dentro do prazo legal, possibilitando a retomada das negociações e buscando uma solução que contemple tanto os trabalhadores quanto a população afetada pela redução no transporte público.
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