A Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi palco de um novo debate sobre a execução das emendas parlamentares nesta terça-feira (18). Durante a sessão plenária, vereadores da oposição levantaram suspeitas de que os recursos estariam sendo liberados de forma desigual, beneficiando parlamentares da base do prefeito em detrimento dos opositores. O vereador Rodrigo Guedes (PP) liderou a discussão, apontando indícios de favorecimento na destinação dos valores.
Segundo Guedes, um parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) e do Ministério Público do Amazonas (MPAM) reconhece a falta de isonomia na execução das emendas. “Há uma clara desigualdade, falta de isonomia. Há uma ação que privilegia quem é da base e não podemos aceitar isso”, declarou o vereador. Outros parlamentares, como Diego Afonso (União Brasil) e Zé Ricardo (PT), também se manifestaram, reforçando que a execução irregular das emendas prejudica a transparência e a impessoalidade no processo.
Já o líder do prefeito na CMM, vereador Eduardo Alfaia (Avante), negou qualquer tipo de favorecimento e atribuiu os atrasos à burocracia do sistema. “Muitas vezes foge do controle da administração quando há uma entidade que ficou sem habilitação para acessar o sistema. Isso tende a acontecer”, justificou Alfaia, ressaltando que situações semelhantes ocorrem em outros níveis de governo.
No entanto, Guedes rebateu as declarações do líder do prefeito e afirmou que, ao consultar o sistema da Secretaria Municipal de Finanças, verificou que as emendas de Alfaia haviam sido executadas, enquanto as suas continuavam pendentes. “Eu não quero preferência, quero isonomia”, afirmou o vereador, reforçando a necessidade de um critério justo na distribuição dos recursos.
O debate evidencia um impasse na CMM sobre a transparência na execução das emendas parlamentares e levanta questionamentos sobre a equidade na destinação dos recursos públicos. Com o assunto ganhando repercussão, a expectativa é que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias.
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