A Câmara Municipal de Manaus (CMM) rejeitou, por 24 votos contrários, 11 favoráveis, 5 ausentes e 1 abstenção, o requerimento que convocaria o prefeito David Almeida (Avante) para prestar esclarecimentos sobre sua viagem ao Caribe. O pedido de convocação foi apresentado pelo vereador Rodrigo Guedes (Republicanos), que questionou a origem dos recursos utilizados na viagem, realizada em um jatinho fretado por um empresário com contratos ativos com a prefeitura.
Após a votação, Guedes criticou a postura dos colegas vereadores, afirmando que a CMM demonstrou subserviência e falta de compromisso com a população. Ele ressaltou que os cidadãos têm o direito de obter explicações sobre os gastos do chefe do Executivo municipal, especialmente em situações que levantam suspeitas de irregularidades.
Ao Laranjeiras.News, o vereador declarou: "Infelizmente, a Câmara Municipal de Manaus deu mais uma vez uma prova inequívoca de subserviência, de servidão e também de falta de vergonha na cara para com a população da cidade de Manaus. A população cobra explicações e informações sobre quem custeou a viagem do prefeito David Almeida para o Caribe, porque não foi uma viagem simples, foi uma viagem milionária que claramente não cabe no que ele tem de salário e no que ele alega ter de patrimônio. Até onde sabemos, o prefeito não é empresário e não tem outra renda além do salário de prefeito."
Em defesa do prefeito, o líder do governo na CMM, vereador Eduardo Alfaia (PMN), argumentou que a viagem ocorreu durante o período de férias de Almeida e que não há ilegalidade no fato de um empresário amigo ter custeado as despesas. Alfaia enfatizou que viagens pessoais são práticas comuns e não configuram crime.
A decisão da Câmara de não convocar o prefeito para esclarecimentos gerou debates sobre a necessidade de transparência e fiscalização dos atos do Executivo. Enquanto a base aliada defende a legalidade da viagem, a oposição insiste na importância de explicações detalhadas para garantir a confiança da população na gestão pública.
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